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Internação de jovens por estresse e ansiedade cresce 136%

Neurologista fala sobre fatores que contribuem para o desenvolvimento de distúrbios mentais






Dados divulgados pelo Ministério da Saúde sobre o número de internações relacionadas a estresse e ansiedade entre adolescentes e jovens, com idades de 13 a 29 anos, revelam um cenário preocupante. Entre 2013 e 2023, houve um crescimento de 136% nas hospitalizações, que só ocorrem em casos extremos, quando o quadro de saúde mental se agrava.


Para o neurologista do Instituto de Tecnologia em Neurologia e Sono de Piracicaba, Shigueo Yonekura, o aumento significativo de internações por distúrbios relacionados ao estresse e ansiedade entre jovens pode estar relacionado a diversos fatores, como pressões sociais, acadêmicas e digitais que essa geração enfrenta.


"As expectativas sociais e o ritmo acelerado de vida, combinado com a exposição constante às redes sociais, criam um ambiente propício para o desenvolvimento de distúrbios mentais", afirma o neurologista.

O médico diz que muitos jovens se sentem pressionados a alcançar padrões inatingíveis de sucesso e felicidade, o que pode levar a sentimentos de inadequação e fracasso. Isso, por sua vez, pode evoluir para transtornos de ansiedade graves e, em alguns casos, depressão.


A adolescência e o início da vida adulta são períodos de intensas mudanças, não apenas físicas, mas também emocionais e sociais. "Esse é um momento da vida em que os jovens estão tentando encontrar sua identidade e seu lugar no mundo, o que pode gerar uma enorme pressão. Quando adicionamos a isso o impacto da vida digital, o resultado pode ser devastador para a saúde mental."


O apoio familiar e o acesso a serviços de saúde mental adequados são fundamentais para prevenir o agravamento do quadro. “Muitos jovens também hesitam em buscar ajuda, o que pode complicar ainda mais a situação”, acrescenta.




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Dr. Shigueo Yonekura, neurologista

Segundo o neurologista, o crescimento das internações por estresse e ansiedade em jovens deve ser um alerta para que pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais de sofrimento psicológico e ofereçam apoio antes que a situação chegue a um ponto crítico.

 

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